5.6.07

Por fim, a minha irmã adormeceu. Adormeceu num sono profundo, onde não há os monstros que a perturbam de dia, que a consomem e que a levam à loucura pontual de um dia de verão com o vestido rasgado à porta de casa. Por fim, a minha vigília acabou. Olho a rua e o chão molhado de cheiro a terra. Os lírios desabrocharam para a noite e eu fecho os olhos à loucura até começar tudo outra vez, bem cedinho pela manhã.