15.10.08

Vezes

Há vezes, muitas vezes, daquelas pequeninas e sorrateiras, que pousam na minha janela enquanto almoço e me chamam lá para fora. Há vezes que me chamam, há vezes que me impelem, há vezes que te quero tocar sem disfarçar. Há vezes que se fazem de contas e acabam por se dividir noutras complicações e subtracções. Há vezes que se multiplicam e não dão resultados coerentes, só estranhos quocientes que ninguém sabe decifrar.
Há vezes, muitas vezes, que pousam na janela e que me somam os dias num conta sem fim e que de tanto somarem, dão erro por falta de espaço.
®Anita