26.6.06

Pedras da calçada

A cidade. A minha cidade. As minhas pedras da calçada que não choram, mas que lançam pregões com resposta na ponta da língua. Abre-se uma janela, sacode-se um tapete, fala-se do mal que se avizinha e olha-se o céu, sentindo o vento a rasar no cabelo. Ainda anda no ar o cheiro a pimentos e sardinhas assadas, da ressaca de S. João. Saio agora. Saio de cara lavada para a cidade que acaba de despertar.