O fim da festa
As tuas mãos. Lá voltamos ao mesmo. Sempre elas a impedir o caminho, a atrapalhar o meu coração. É sempre a mesma história. Rapaz conhece rapariga, rapariga julga que conhece rapaz, as mãos querem tocar-se mas ficam a milímetros a sentir o calor e o medo do primeiro toque. A respiração apressa-se, ninguém dá por nada. Os dois calados. Quietos, suspensos no calor que separa os seus dedos. Alguém entra, as mãos afastam-se. O medo acumula-se nos ombros. Quando todos fecham a porta e se despedem até a uma próxima, os dedos dão lugar aos corpos enredados em pedaços de bolo e copos de champanhe meios vazios. E lá voltamos ao mesmo. Tu a atrapalhares-me o coração, enquanto lavo a loiça e desço à realidade.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home