11.7.11

Ensaio na minha gaveta

(começo a revelar algo que está acabado na minha cabeça e aos pedaços na minha gaveta. não posso escrever tudo aqui mas, posso dar um cheirinho)


(...) Era quase noite. O Sol espreguiçava-se ao longo das colinas arroxeadas que protegiam a aldeia e Benjamim sentava-se na janela. Sentava-se na janela redonda, escotilha da aldeia, onde foi pirata, corsário dos mares verdes, nunca dantes e por ninguém da aldeia navegados, emaranhados de sonhos e sereias. A tinta descascada pelo tempo dava-lhe uma sensação de pertença. Como se os seus oito anos, fossem oitocentos, e ele já estivesse ali desde sempre, no seu quarto a criar raízes.

Lá fora os preparativos da festa da aldeia ferviam em todos os poros dos seus habitantes. Zangavam-se por causa dos enfeites, riam baixinho, faziam doces, docinhos e doçarias, andava tudo numa roda-viva. (...)

@Anita

2.5.11

De.li.ci.oso


Taken by mephisto19 with a Ricoh 500G in Utrecht, Netherlands.


Num galáxia com cheiro a cacau quente, muito muito longe daqui, existe um planeta onde todos os chocolates de verdade vivem em harmonia.

Os clássicos, os drops, os recheados, os muito amargos e os muitos doces, os metade chocolate metade bolacha, os com passas e outros de que agora não me lembro o nome, passeiam derretidos de tanta felicidade, até os mandarem em missão à Terra. Aí são postos em montras, pagos a peso de ouro, apreciados e falados por toda a gente.

São educados para não se deixaram engolir sem serem apreciados, nem se pegarem aos dentes como os vizinhos do planeta ao lado, os caramelos, escolhem desde cedo que tipo de chocolate querem ser, e sonham com o papel onde se vão embrulhar um dia.

Por isso, deves estar curioso por saber como os chocolates vivem e como se dividem. Têm vidas atarefadas e nem todos são doçuras. Alguns escondem segredos, picam, enchem as nossas barrigas. Outros são leves, docinhos e trazem sabores de outras paragens.

(continua num papel de estanho perto de si.)

®Anita

20.3.11

Tobias e o Cometa Pastilha

O meu nome é Tobias e vou contar-vos a história do Ajudante-Determinado, do Tio Anacleto e de como... Bem, é melhor começarmos já!


Cometa Pastilha. STOP. Chegada prevista à Terra. STOP. Amanhã. STOP.

Assim dizia o telegrama que o meu tio Anacleto me tinha mandado da Estação de Observação de Fenómenos Saborosos.

O meu tio passava a vida a dizer que as pastilhas elásticas cresciam em campos lá longe, na Galáxia Mentol. E eu ficava horas a ouvi-lo com aquela voz doce de chupa-chupa.

Depois de ler atentamente o telegrama, tinha de me preparar para a chegada do Cometa Pastilha. E precisava de papel, um lápis e muita determinação.
Ia fazer a lista oficial do Apanha-Cometas-Pastilha-Determinado.

(cont. numa gaveta perto de mim... qualquer dia revelo tudo)

®Anita

11.2.11

Taken by razzmatazz with a Minolta SR-T 101 loaded with Fujicolor 200 film in Århus, Denmark.



Duquesa de Ouros

Era uma vez, há muitos, muitos naipes atrás
uma Duquesa altiva e sorrateira
Que adorava cartas e água com gás
E inventava truques a noite inteira

Jogava às cartas de noite e dia
E ganhava sempre que podia

Tinha um cabelo comprido e florido
onde escondia o seu jogo preferido

Deitava as cartas às vizinhas
E jogava à Bisca com as sobrinhas

Chamavam-lhe a Duquesa de Ouros
Porque os seus baralhos continham muitos tesouros

Certo dia, com ela fui passear
Mostrou-me a Pesca, a Sueca e a Lerpa
Passamos todo o dia na galhofa a jogar

Na hora de ir para casa disse-me com uma certa sonolência:
- Aprende a jogar como eu e um dia, nomeio-te Dama da Paciência.

@Anita

3.8.10

Afinal deu-me uma branca

7.1.10

Enquanto não me surge nada de criativo, fiquem com o Blog Lina&Nando em linaenando.blogspot.com

E assim como que por magia, voltei.

12.3.09

A Um Café de Março será um Evento Um Café no BREYNER 85.