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Nada parece mudar por aqui. A agulha volta ao princípio e a música recomeça e inunda-me o quarto. A janela aberta de par em par, a cidade que vive lá fora. Nada mudou. Continuo parada, olhando as algas que se enrolam nos meus pés. A música traz as ondas, e com elas a dificuldade em respirar. Torna-se óbvio a fuga, a bóia de salvação. Mas nada mudou por aqui e a agulha volta ao início, riscando mais uma vez a minha vigília sobre a cidade que adormece.
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