29.6.07

Spiralling

Well and I can and I die
I can, I die

Well and I'm freezing
I'm freezing

Well it's a sly curse
A sly curse

Well and I'm spiralling
I'm spiralling

In my broken hearted game
I've got all my fives
I've got all my ones to choose from
My cave, waiting for you
Waiting for you

I'm ravage like a dog and beat
I'm gone, gone
In Carthusian Red I get cut along
I am, I'm undone
I am undone

Where go, where now
Can't stand
If I can, can die
I'm freezing
Sly curse
I'm spiralling

In my cruel life God poisoned
I was born, born
Not a girl and not a jewel
I am, I am some son
I am some bum

Where go, where now
Can't stand
If I can, can die
I'm freezing
Sly curse
I'm spiralling
Spiralling

Held Red Rook

[Antony & the Johnsons]

25.6.07

O meu coração bate, bate desenfreado. Preciso de algo que o amarre ao sítio, para não senti-lo tão perto da boca. As Segundas-feiras têm destas coisas. Escreve-se com o coração aos saltos.

E enquanto tu vestes a roupa e espreguiças mais um dia de trabalho, volto desenfreadaàs páginas do meu livro que nunca hei-de acabar de escrever. Porque, não consigo ser coerente.Porque, começo uma história e quero acabá-la depressa para começar outra. E tu sabes que toda a minha vida se baseou neste princípio, que um dia hei-de instituir como lei.

Gosto de ti de sorriso malandro ao acordar. Pões demasiada manteiga nas torradas. Pões demasiado tudo na tua vida. E a mim? Pões-me onde?

Põe-me em cima de ti às Segundas-feiras e o resto dos dias onde tu quiseres. Põe-me em cima da prateleira, e vai buscar-me às Quintas-feiras para me folheares e sublinhares as partes de que gostas mais.

Preciso de te sentir às Quartas-feiras entre as minhas pernas e às Sextas dentro da minha cabeça. Preciso de ti. Podes vir e sentar-te calmamente a meus pés. E deixares-te levar, enquanto te conto sobre um livro qualquer que acabei de ler e que sei que nunca mais o vou tirar da prateleira.

Preciso.

19.6.07

CONFORMISMO

Odeio vítimas que respeitam os seus carrascos.
Jean-Paul Sartre

18.6.07


"...Entanto os delírios que as almas nos fremiam, não os provocavam unicamente as visões
lascivas. De maneira alguma. O que oscilávamos, provinha-nos de uma sensação total idêntica
à que experimentamos ouvindo uma partitura sublime executada por uma orquestra de mestres.
E os quadros sensuais valiam apenas como um instrumento dessa orquestra. Os outros: as luzes,
os perfumes, as cores... Sim, todos esses elementos se fundiam num conjunto admirável que,
ampliando-a, nos penetrava a alma, e que só nossa alma sentia em febre de longe, em vibração
de abismos. Éramos todos alma. Desciam-nos só da alma os nossos desejos carnais."

A confissão de Lúcio, Mário de Sá Carneiro

11.6.07

JO AND JO.....JUST FOR FUN......FASE 0

Maus Hábitos | Performance (sala espectáculos, 23.30h)
(fotografia: mário cales/joao costa)


Ficha artística
Concepcção e direcção artística | Joao mm Costa
Interpretação | Joana Bergano e João Costa
Apoio dramatúrgico | Ghislaine Boddington
Espaço sonoro | Tiago Cerqueira
Realização e vídeo | António M Cabrita
Produção_salabranca laboratório artístico | Joao mm Costa
Co-produção_O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo/Portugal), Tucá-Tulá Um festival 2008 /Câmara Municipal de Espinho (Espinho /Portugal), Maus Hábitos- Espaço de Intervensão Cultural (Porto/Portugal), Teatro Aveirense (Aveiro/Portugal), Fábrica de Movimentos (Porto/Portugal).

Apoios_ 10ª edição Festival da Fábrica 2008, Body>data>space (Londres/Inglaterra), Espaço Land (Lisboa/Almada /Portugal)

5.6.07

Uma naifada nas costas?

"Todo o amor do mundo não foi suficiente porque o amor não serve de nada. Ficaram só os papeis e a tristeza, ficou só a amargura e a cinza dos cigarros e da morte. Os domingos e as noites que passamos a fazer planos não foram suficientes e foram demasiados, porque hoje são como sangue no teu rosto, são como lágrimas. Sei que nos amamos muito e um dia, quando já não te encontrar em cada instante, em cada hora, não irei negar isso. Não irei negar nunca que te amei, nem mesmo quando estiver deitado, nu, sobre os lençóis de outra e ela me obrigar a dizer que a amo antes de a foder ."

José Luis Peixoto
- A Naifa -


Foi um empréstimo do blog da querida SF, que como eu, também gosta de suspirar (ou outra palavra mais forte, pois então...) nas páginas do Peixoto.
Por fim, a minha irmã adormeceu. Adormeceu num sono profundo, onde não há os monstros que a perturbam de dia, que a consomem e que a levam à loucura pontual de um dia de verão com o vestido rasgado à porta de casa. Por fim, a minha vigília acabou. Olho a rua e o chão molhado de cheiro a terra. Os lírios desabrocharam para a noite e eu fecho os olhos à loucura até começar tudo outra vez, bem cedinho pela manhã.

1.6.07

Serralves non-stop. Vens?